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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

17 ºGrito dos Excluídos (as): Coletiva aborda o tema ‘Pela vida, grita a terra...Por direitos, todos nós!’


17 ºGrito dos Excluídos (as): Coletiva aborda o tema ‘Pela vida, grita a terra...Por direitos, todos nós!’





Jeane Freitas *Adital -
Com a proximidade da 17ª edição do Grito dos Excluídos, que será realizado em todo o Brasil no período de 1º a 7 de setembro, a coordenação nacional do evento prepara para esta quinta-feira (1º) uma coletiva de imprensa em São Paulo (SP), para dar mais visibilidade ao tema Pela vida, grita a Terra... Por direitos, todos nós! Na ocasião, Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales (SP) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de representantes de movimentos sociais, falarão sobre assuntos como as mudanças no Código Florestal, desigualdades sociais, Copa do Mundo de 2014 e megaeventos. De acordo com Rosilene Wansetto, da coordenação nacional do Grito dos Excluídos e integrante da Rede Jubileu Sul Brasil, "a proposta do tema faz reflexão com a vida do planeta que passa por um momento crucial onde a humanidade precisa repensar as formas de consumo e o modelo de crescimento, que da forma como está, tem gerado impactos negativos na vida das pessoas e da biodiversidade".
"A mudança no código, de autoria do deputado [federal] Aldo Rabelo (PCdoB - SP), abre brechas para o aumento da exploração extrativista, do agronegócio, para exploração dos nossos mananciais, dentre outras violações", afirma Rosilene, citando uma das pautas de reivindicação do Grito deste ano.
Ela acrescenta que o ato é contra qualquer alteração nas leis ambientais em detrimento do favorecimento dos donos de empresas que geram desigualdades entre os povos.
"[O Grito dos/as Excluídos/as] Já virou pauta da agenda política nacional e tem se tornado ao longo de seus 17 anos, um grande diferencial para as lutas sociais no país", finaliza a representante da coordenação.
Preparativos
As articulações para preparação da 17ª edição do Grito dos/as Excluídos/as já se iniciaram em diversas cidades brasileiras. Um exemplo é a cidade de Cuiabá, Mato Grosso, região Centro-oeste do Brasil, que realizará a atividade em uma das áreas impactadas pelas ações das obras da Copa do Mundo de 2014 na cidade.
Outras mobilizações estarão acontecendo também em cidades como Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Entre as diversas atividades estão plenárias, oficinas e seminários sobre as problemáticas brasileiras, como a relação dos megaeventos com o endividamento público, legado social que a Copa vai provocar nas cidades sedes, entre outros assuntos.
Dados da desigualdade e impactos sociais
Segundo estimativas do Jubileu Sul Brasil, indiretamente cerca de 120 mil famílias serão afetadas pelas obras da Copa do Mundo de 2014, sendo que destas, 600 mil pessoas serão diretamente atingidas.
Para a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, o país ganhou nos últimos anos 720 hectares por dia de plantações de eucalipto, estimativa que equivale a 4,5 parques Ibirapuera [localizado em São Paulo] ou a 960 campos de futebol, enquanto que cerca de 4,5 milhões de agricultores familiares/camponeses no Brasil possui áreas menores de 100 hectares.
De acordo com o Atlas Fundiário do Instituto Nacio­nal de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a área ocupada pelos estados de São Paulo e Paraná juntos, está nas mãos dos 300 maiores proprietários rurais, en­quanto 4,8 milhões de famílias estão à espera de chão para plantar. Nesse montante, cerca de 20% do território do Mato Grosso estão nas mãos de estran­geiros. Este percentual corresponde a 180,58 km2 dos 903.357 km2 da área total do território Matogrossen­se. Depois do Mato Grosso, os estados com mais terras nas mãos de estrangeiros é São Paulo, com 13,48%, seguido do Mato Grosso do Sul (11,70%), Bahia (9,41%), Minas Gerais (7,73%), Paraná (7,59%) e Goiás (6,23%).Mais informações no link: http://www.gritodosexcluidos.org/historia/